quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

UMA MISSA



Ontem, depois de muito tempo, fui a uma missa em minha antiga comunidade, foi uma coisa linda ver como esta comunidade que sempre foi muito unida estava respirando a espiritualidade que esperamos encontrar na cada de Deus.


A missa foi pelo sétimo dia de falecimento de uma querida amiga que foi tão cedo para a casa do Pai, e a comunidade da igreja estava se despendido dela e rezando por sua família para dar a força necessária para seguir em frente.

Verifiquei o carinho com que as pessoas responsáveis pela cerimônia levava a missa, foi feita com capricho, com carinho e com fé.

Logo na homilia senti uma certa pressa do celebrante, o Padre, ele parecia indiferente e apressado. Meu horror veio na hora da comunhão, momento em que os cristãos comungam o Corpo de Cristo, se unem a ele. Enquanto os Ministros da Eucaristia, pacientemente apresentavam o Corpo de Cristo as pessoas e o entregavam com carinho e respeito, nosso Padre o entregava na maior pressa como se estivesse distribuindo panfletos na avenida Afonso Pena aos transeuntes.

Este padre (Pai), que deveria estar junto a sua comunidade em sua dor não soube dar as famílias uma palavra de carinho e de ânimo para seguir em frente, mas uma ameaça “tratem de ficar com sua família porque senão .........., ( não repetirei suas palavras uma vez que não posso dize-las com exatidão)...”

Não entendi a posição deste Padre, que talvez estivesse mais transtornado que nós e se perdeu em tentar dar um conforto que não sentia, não quero condena-lo também, eu não o conheço.

Mas deste episódio posso dizer que levei comigo uma lição importante:

Nós temos um milhão de motivos para não seguir uma religião, ou uma comunidade, procuramos todos os defeitos possíveis, ou é porque o encontro de casais só pense em festas, porque o pessoal do estudo bíblico se prenda somente a procurar uma forma de atacar outra religião, porque o Padre é apressado, ou displicente, ou porque não gostamos da missa carismática ou porque não gostamos da missa tradicional, e aí vai., mas descobri que a espiritualidade não precisa disto para se manifestar, esta comunidade em que encontrei ontem era uma comunidade que sua espiritualidade não depende de padres, de festas, de nada, ela tem a sua Fé, e a segue, com suas perfeições e com seus defeitos, mas segue em frente.

Quero neste manifesto dar meus parabéns a esta linda comunidade que me faz acreditar cada vez mais em Deus nosso Pai , e na benção de Maria nossa mãe.