domingo, 29 de novembro de 2009

nós mulheres

Esta semana vi o sofrimento de uma mulher que se separou do marido, que inconformado prometeu mata-la.
Vi uma mulher fazer uma denuncia contra o pai de seu filho e homem que até a pouco amava.
Estamos sempre vendo nos noticiários estes acontecimentos, de maneira até mesmo corriqueira.
Reflito, o que está acontecendo? Gente possessiva e maluca sempre existiu, mas quando foi que isto virou epidemia?
Não acredito que estas ameaças sejam por amor, mas por possessão.
Fico vendo revistas, televisão, etc, o perfil do Homem de sucesso (aí cita-se um artista, empresário, etc, normalmente um homem mais velho acompanhado de uma linda jovem, com idade para ser sua filha, ou neta) , que possui dinheiro, carros e MULHERES.
Que tipo de gênero de consumo nós a mulheres entramos na vida do homem?
Mas somos coniventes nisto quando retrucamos tratando o homem como um simples provedor, porque a mulher de sucesso tem é um corpão, jóias e já passou na mão deste e daquele homem de sucesso. A mulher faz sucesso quando pertence a um homem de sucesso e pousou para revistas masculinas.
Quantas pessoas são assim no mundo? É muito frustrante para o jovem que foi criado dentro do mundo real não alcançar esta imagem desejável, e passam a acreditar que vale tudo. Como ouvir um não da mulher que está ao seu lado? É como se seu fracasso fosse exposto a todos. Como lidar com isto? Hoje vejo que é na bala.
Ainda sou capaz de me indignar quando em uma festinha de 15 anos vejo lindas mocinhas dançando de forma chula e se oferecendo (mesmo que sem saber) para os meninos, cantando letras obcenas que as desvalorizam como mulheres, e o que acredito ser pior, seus pais, que deveriam estar as orientando estão lá ou ignorando ou participando como se seus atos não fossem exemplos para a vida de seus filhos.
Como um pai vai explicar a sua filha que “cachorra” não é elogio? Como explicar a elas que um tapinha dói e dói muito, se elas junto a seus pais dançaram , cantaram e elogiam a forma desrespeitosa em que são tratadas e a forma violenta de “amor” que são exaltadas?
Como é que vão conseguir distinguir amor de sexo, e quando será o sexo por amor?
Quando eu era menina passou um seriado “Quem ama não mata”, não me lembro bem de como era o seriado, mas para mim isto é verdade , Quem ama não mata, não é intolerante, e quem ama, antes de tudo se ama, o bastante para saber que a liberdade do outro é a sua liberdade,e a perda de um amor não é da perda da vida, mas sim um novo caminho para trilhar.
As mulheres alcançaram muito na vida, com sua coragem, determinação e porque não dizer, com sua candura e voz mansa, isto não nos pode ser tirado com violência, intolerância e nem com artifícios.
Não somos mercadoria, não somos carne a venda, não podemos ser ridicularizadas em e aceitar.
Não vamos criar homens criança que não podem sofrer frustrações e matar suas companheiras.
Nós Homens e Mulheres, temos de estar de mãos dadas para mudar esta realidade.

terça-feira, 24 de novembro de 2009

A respeito do Filme - Lula o filho do Brasil

Lula o filho do Brasil, é o mais novo filme brasileiro. Confesso que fiquei preocupada quando vi este lançamento.
Em meio a tantos vampiros e fins de mundo, acreditei que estava vendo um filme que deveria vir com tarja preta. “Este filme pode provocar alterações na sucessão presidencial”.
Não porque houvesse mortes eletrizantes, ou sensuais chupadas (de sangue é claro), mas porque estaria vendo o fim de uma democracia tão demorada para chegar.
Fui criado dentro da ditadura militar , sempre me lembro de que quando ia ao cinema, antes de começar o filme, passava a propaganda política, com o pomposo nome de “ curta Brasileiro”.
Um filme exaltando a infância pobre de nosso querido presidente, e sua vida, principalmente política em um período de eleição, me pareceu um tanto tendencioso e um tanto quanto estratégico para um novo mandato como almejam vários presidentes da nossa querida América do sul, mas com uma embalagem diferente.
Não quero com isto dizer que nosso presidente popular seja um mal governante, não acredito nisto, acho até que ele está como a loura da piada que salta do 20º. Andar de um prédio e no 15º. Pensa ,“até aqui, tudo bem”.
Então, penso, até aqui tudo bem, mas daí a continuar já é outra história.
Estou falando disto porque o ufanismo patriótico que poderia ser gerado com um filme deste é muito forte, vemos vários exemplos disto na importância da propaganda no comportamento e valores que são facilmente alterados por meio da mídia.
Mas agora, minhas preocupações estão ficando no passado com os comentários que ouvi a respeito do filme.
Ele é ruim, tão ruim que acredito que minhas preocupações ruiram.

Propaganda boa ou propaganda ruim ainda assim é propaganda, que o diga a Uniban, onde se falou muito e ninguém saiu perdendo.

Gostaria que estes artifícios não fossem utilizados , mas como isto acontece, que pelo menos os acontecimentos não sejam ditados por eles.

Fica aqui meu desabafo....